André de seu nome, 37 anos e um brilhante arquitecto...
E assim começava uma caminhada que se esperava longa...
A descida do Rio Paiva não começou onde inicialmente tínhamos previsto. As dificuldades do terreno e a incerteza quanto ao local exacto da nascente levou-nos a começar a caminhada na freguesia de Pêra Velha.
O primeiro dia correu tal como previsto. Aliás... bem melhor!
Chegamos a Segões ao fim da manhã quando julgávamos estar ainda bastante atrasados.
Esta freguesia do concelho de Moimenta da Beira, é um caso entre muitos, dos reflexos da desertificação e da emigração do interior do país. Ao chegar lá, deparamo-nos com imensas casas enclausuradas nas sua persianas e no pó acumulado por longos períodos de ausência dos seus proprietários. Ainda assim e porque não tinha qualquer tipo de estabelecimento que nos pudesse
alimentar, conseguimos uma boleia até à aldeia de Alhais de onde seguimos até Vila Nova de Paiva.
E aqui... o 1º contratempo!
Depois de tanto gabar as botas novas (cortesia do meu 'velhote') eis que meia duzia de km's depois, tenho a sola de uma delas completamente descolada.
Há que procurar um sapateiro...
Felizmente tive a sorte de conhecer o 'Graxas', um sapateiro pouco mais velho que eu, que fez um serviço exemplar não só colando a sola descolada, como cozendo ambas. E na hora de pagar...
- 'Pagas quando cá voltares! Põem a 'mobilia' às costas e façam-se ao caminho'
Muito obrigado 'Graxas'!
Da parte da tarde o caminho até Fráguas fez-se sem problemas, sempre por caminhos de acesso aos campos de cultivo junto ao rio.
Na freguesia de Fráguas existe uma associação que procura estimular a vida da comunidade e fazer a ponte entre a terra e os emigrantes no estrangeiro.
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