A PÉ POR PORTUGAL

1 País

2 Irmãos

12 Semanas

1200 Km’s… a pé!

Cevide (Melgaço) – Paradela (Miranda do Douro) – Torre (Seia) – Cabo da Roca (Sintra) – Cabo de Santa Maria (Faro)

                “Uma viagem é sempre uma descoberta.

Uma peregrinação. Coisa Pessoal.”

Tiago Salazar

 'De Cabo a Cabo’ a pé por Portugal foi uma viagem à descoberta de Portugal.
O objectivo era unir os seus pontos mais extremos, numa caminhada em busca das suas singularidades, dos seus sabores, das suas gentes, das sua tradições e do seu saber, das suas lendas e heróis.

Uma viagem que aproveitou para ser também – sobretudo numa altura de ‘crise’ – uma forma pro-activa de ir em busca de emprego, especialmente para o meu companheiro de estrada - o meu grande irmão - que terminada a sua formação em Engenharia Química, viu nesta viagem uma oportunidade para não ficar em casa à espera que aconteça.

'Quanto mais viajo, mais gosto de Portugal.‘

Repetidamente, esta é a frase que melhor ilustra a minha paixão por este país de inúmeros encantos, personalidade forte e pessoas tenazes e acolhedoras.

Palmilhar Portugal a pé, de forma lânguida e pachorrenta, é talvez a forma mais interessante de ir ao encontro dessa ‘Terra’ que é a nossa, partilhando da mesma calma desses lugares esquecidos e das suas gentes abandonadas.

Ir ao encontro das tradições, do património, dos costumes e das lendas, desvendando um país multifacetado e diverso, não obstante a sua dimensão relativamente pequena.

Iniciando o percurso na margem sul do Minho, na mais setentrional das aldeias de Portugal, descemos de Cevide até aos calcanhares do Rio Lima, percorrendo o Parque Nacional da Peneda Gerês até Entre Ambos-os-Rios e por ele seguindo até Cabril cruzando a Barragem de Vilarinho das Furnas. Daqui o caminho seguiu por Boticas, Vidago, Macedo de Cavaleiros e Vimioso até chegar à aldeia de Paradela, a mais Oriental de Portugal.

De Miranda do Douro descemos ao rio com o mesmo nome pelas desamparadas travessas da antiga Linha do Sabor, com visita obrigatória a Mogadouro. Seguiu-se Vila Nova de Foz Côa, Freixo de Numão, Meda, Trancoso, Celorico da Beira, Gouveia, culminando na Torre, naquele que é o ponto mais alto de Portugal Continental.

Descemos o Parque Natural da Serra da Estrela seguindo por Arganil, Serpins e Penela, avançando por Ansião até Fátima. Seguiu-se Porto de Mós, Alcobaça, Óbidos, Lourinhã, Ericeira e depois o Cabo da Roca um pouco mais a sudoeste, bem no Parque Natural de Sintra-Cascais.

Como etapa final descemos a Lisboa, cruzamos o Tejo até ao Montijo e prosseguimos rumo a Setúbal. Cruzamos o Sado para Tróia e continuamos por Grândola, Aljustrel, Castro Verde, Almodôvar e Loulé, antes mesmo de ancorar em Faro.

Quanto mais viajo, mais gosto de Portugal! 

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