Regressar é assimilar, é partilhar, é voltar ao ponto de referência... é sentir vontade de voltar a partir.
As viagens são sempre um campo infindável de novos projectos. Como se ganhassem folgo nos ares longínquos do nosso destino. Como se fossem um balão de ar quente à espera de ser aquecido...
Quando chego - depois de semanas entre Berlim e Moscovo - dou por mim em pesquisas de voos na Momondo, para destinos tão dispares como Oslo, Singapura ou a Cidade do Cabo; a conferir horários de comboios internacionais e a elaborar planos para viagens imaginárias.
Os regressos são trabalhosos! É por isso que é tão bom regressar; porque é na 'origem' que ganham forma as novas ideias e projectos.
A cada regresso aumenta a vontade de partir - não porque queira estar constantemente fora, mas pela felicidade de 'ir e voltar'.
As viagens começam em casa; nos livros, nos documentários, nas pesquisas intermináveis. Sabemos sempre como partimos, mas não fazemos ideia de como regressamos. O regresso é um mistério - que efeitos teve a viagem em nós e nos outros? - é expectativa...
O regresso será sempre um destino desconhecido.
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